Ó!
PÓS-MODERNA VIDA!
Caminhar, tu, contínua, continuas...
Como o andar...
De uma mulher nua!
Numa rua... Iluminada, transparente, obscura, Lua!
Descontinuada!
Mente?
Mas, não é mais em linha reta!
Nunca foi... Nunca fostes... Nunca será?
Está deprimida, depressiva até?
Acelerada e enclausurada no castelo do deus Mercado! Um
descarado?
Utopias despedaçadas? Maltrapilhas... Pedantes... Máscaras
caídas...
Pensamentos críticos devoradores de verdades dogmáticas?
Não há mais certezas... Não?
Nem, ilusões profundas, santas e profanas...
Em descobertas!
Variantes, decepcionantes...
Insaciável rica religiosa louca, pudica puta pobre porca...
Vives ou vegetas?
Ao implodir verdades...
Outras inventam ou esqueces?
Vai, mas é um vai que talvez não vá?
Nunca chegou!
Nunca chega!
Nunca chegará... Há?
Bêbada cambaleante e ao mesmo tempo esfuziante corrida!
Difícil dizer, quem és tu agora!
Mas tentarei!
Preciso tentar:
És senil e inteligentíssima!
Colorida, em tons de cinza, preta e branca...
Absolutamente interconectada, interagindo, estimulada e
excitada!
Dos milhares de aguçados pensamentos e informações inexatas...
Conhecimento?
Não sei se sei!
Felicidade?
Existe? Buscarei?
Relativamente relativa! Independentemente dependente:
contraditória?
Tecnológica...
Perspicaz!
Humanamente doentia?
És sã? A Filosofia voltou-se para o hoje?
Moribunda está a Religião!
Forte Ciência! Mas, não mais endeusada...
Vazio e eloqüência? A Arte é só um preço?
Onde, está tudo?
Onde tudo, está?
Tudo está, onde?
Está onde tudo antes estava?
Estou em círculos?
No meio de ti!
Sou tu!
Estou no tudo! No todo! Neste mundo! Meu e nosso Mundo!
Ó PÓS-MODERNA VIDA!
És misteriosa!
És insaciável!
És libertina!
Incomensurável!
Nada basta?
Nada é?
Nada serve?
Nada presta?
Quanto custa?
Quanto é?
Quantas custas?
Quanta fé?
Ó PÓS-MODERNA VIDA!
O que virá depois de ti?
Ao passar, estudando-te no futuro...
Será o que pensamos que é?
Sabemos que tu és “pós”:
Pós-Iluminismo!
Pós-Industrial!
Pós-Socialismo!
Pós-Guerra Mundial!
Pós... Moderna vida... Estamos aqui a sós? Todos nós?
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