quinta-feira, 29 de março de 2012

Palavras... Mortas...




A RESSURREIÇÃO DAS MORTAS... CADAVÉRICAS ESQUECIDAS...

Onde elas estão? Sim elas!
Morreram? Ou: foram mortas?
Foram esquecidas?
Abandonadas? Que tristeza que parece ser:
Não sentida!

Ressuscitem as esquecidas!
Chamem elas!
Acordem!
Ainda existem?
Mas, estão num asilo...
Sim, uma casa de repouso! Será que ainda está? Estarão?

Para as centenárias esquecidas!
Antes: muito ditas e citadas...
Tagareladas!
Faladas!
Repetidas!
Dizeres e mais dizeres!

Há ressurreição das esquecidas?
Palavras!
Há palavras:
Doces e amargas!
Longas e curtinhas!
Que falam de tudo e de tudo falam!
Palavras frias e quentinhas!

De amor! De horror! De prazer! De falar e dizer sempre...
Não: nem sempre!
De vai e de vem!
De todos e de ninguém!
Ressuscitem as palavras!
Visitem o asilo delas:
O velho asilo, lendário, volumoso, saudoso... O Dicionário!
Mas, não é um asilo! Que despautério: elas estão é num necrotério!

Ressuscitá-las é despertar sentimentos e idéias!
De longas, arcaicas, antigas, muito velhas!
Mas, necessário é:
Ressuscitar essas, essas, como escreveu um velhinho poeta...
Essas “caducas”!
Sim, caducas e esquecidas...
Palavras de histórias e de vidas!

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