segunda-feira, 29 de maio de 2017

IDE NÃO É TÃO LONGE ASSIM: REFLEXÃO PARA UMA VIDA DE PAIXÃO PELAS PESSOAS. Ide por todo o mundo e pregai o evangelho (Mt.28.19;Mc.16.15) - “O IDE NÃO É TÃO LONGE ASSIM”



IDE NÃO É TÃO LONGE ASSIM: REFLEXÃO PARA UMA VIDA DE PAIXÃO PELAS PESSOAS.

Palavras (estudo) do pastor teólogo escritor Carlos Augusto Lopes - Brasil

Ide por todo o mundo e pregai o evangelho 
(Mt.28.19;Mc.16.15)

Dr. Timóteo Carriker que foi meu professor de missiologia na minha pós-graduação dizia que a Bíblia é um livro essencialmente missionário e que só podemos fazer missão através do Espírito Santo de Deus em total obediência a sua palavra.
Quando estive no Congresso Brasileiro de Evangelização na cidade de Belo Horizonte em 2003 estive na casa do diretor da Missão Betânia no Brasil reverendo Cícero Bezerra. Ele tinha publicado o livro do Dr. Ronaldo Lidório e me presenteou com um exemplar, logo percebi que para o missionário Lidório “ O Ide não é tão longe assim”.
O missionário Ronaldo Lidório que durante anos evangelizou os esquecidos Konkombas, no oeste africano em seu livro “ Missões o Desafio Continua”, diz que missão não é definido em termos de resultados, mas sim de fidelidade ao Senhor.
Ruth A. Taucker, mostra em seu livro " Até Aos Confins da Terra", que homens e mulheres, trabalharam de maneira firme e constante na obra missionária e esses lugares em sua grande maioria eram longínquos e distantes. Taucher, nos leva para uma leitura reflexiva e biográfica das missões cristãs. Com isto percebemos que para aqueles servos do Senhor o " Ide não era tão Longe assim".
Todos os estudiosos em missão afirmam que Jesus Cristo chamou a igreja para uma tarefa de romper fronteiras e barreiras, logo o "Ide não é tão longe assim", pois como disse o médico e missionário inglês David Livingstone “ Sem Cristo, Nem mesmo um passo; com Cristo, a qualquer lugar”.
O erudito Stanley Jones em seu livro “ Jesus é Senhor”, diz que Jesus Cristo tinha três hábitos que todos nós temos que ter também “ A leitura da Palavra de Deus, a Oração e a evangelização.
Isso denota que Jesus Cristo na qual foi o primeiro missionário, usando a frase do amado médico missionário Dr.Livingstone “O Ide não é tão longe assim” como também não foi para os seus discípulos e para a igreja do caminho, pois a “Missio Dei” era vista não como um peso desfocal mas como obediência e urgência.
No campo missiologal existem algumas frases que marcaram o “ Ide e Anunciai” de Jesus na história da Igreja e isso mostra que de fato “O Ide não é tão longe assim, quando missões está em nosso coração e na estrutura da igreja cristã.
O próprio Oswald Smith que trabalhou em mais de 70 países e ficou conhecido como “Senhor das missões” cita com liberdade e regozijo essas frases em seu fabuloso livro “Evangelizemos o mundo”.
“ Faça grandes coisas para Deus, e espere grandes coisas de Deus” (William Carey),
“ Se Jesus Cristo é Deus e morreu por mim, então nenhum sacrifício que eu fizer por Ele pode ser grande demais (C. Studd),
“ A igreja que deixa de ser evangelistica, em breve deixa de ser evangélica” (Alexander Duff)
"A Igreja que não evangeliza se fossiliza" (autor desconhecido).
“ Deus tinha um único Filho, e fez dele um missionário" (David Livingstone).
“ A questão não é bem quanto do meu dinheiro darei a Deus, mas quanto do dinheiro de Deus reservarei para mim (autor desconhecido).
“Só Cristo pode salvar o mundo, mas Cristo não quer salvar sozinho o mundo ele conta com nossa colaboração” (autor desconhecido).
"A tarefa toda, de toda a igreja, é dar o Evangelho todo, ao mundo todo"(autor desconhecido)
"O melhor remédio para uma igreja enferma é pô-la em dieta missionária" (autor desconhecido)
"Desconhecemos quantos milhões ainda desconhecem o evangelho" (autor desconhecido)
"A luz que alcança mais longe é aquela que brilha mais ali perto de casa" (autor desconhecido).
Para os moravianos na liderança do conde Nicolau Zinzendorf “O Ide não era tão longe assim” , Eles viveram de maneira santa, encarnacional e obediente a obra missionária.
Eles fizeram muito pela a evangelização do mundo e mostraram para as gerações futuras a seriedade do chamado, a doçura de fazer a vontade do seu Senhor e o compromisso de levar Cristo aos povos não alcançados, para eles de fato "O Ide não era tão longe assim”.
E nós o que vamos fazer com ” O Ide não é tão longe assim?", será que vamos achar de fato longe, vamos relegar a segundo plano, vamos ser tragado pelo modernismo pós-cristao ou pelo relativismo visionário templista.
Como igreja de Cristo devemos fazer e dizer em alto tom que “ O Ide não é tão longe assim”, ele deve ser obedecido e temos razões para isso, pois a Bíblia nos chama a esta tarefa sublime e a história da igreja nos deixou um legado exemplativo.
De fato devemos obedecer a Cristo e não o modismo contemporâneo que arrasta multidão para o parasitismo missiologal. Devemos de fato com nossa atitude e obediência darmos glória a Deus e servir o mundo como disse o missiólogo Dr.Johannes Blauw, por que sem dúvida o Ide Não é tão longe assim".
Adoniram Judson compreendeu com maestria este ponto importante e usou a sua lavra para dizer que " Muitos crentes consagrados jamais atingirão os campos missionários com seus próprios pés, mas poderão alcança-lo com os seus joelhos", de fato o Ide é marcado pela obediência e por uma vida de oração e consagração.
Na definição clássica do missionário William Carey, sobre "O Ide não é tão longe assim" , ele atesta dizendo: " Na mente divina não há distinção entre missões estrangeiras e missões nacionais. Onde houver uma alma perdida, aí está um campo missionário".
O missionário David Brainerd, um modelo de vida consagrada bradou dizendo: "Não me importei onde ou como eu vivia, nem quais provações tive de atravessar, contanto que assim pudesse ganhar almas para Cristo".
Quando estive pregando junto com o missionário Zig Fried Zius, em palestras para pastores e obreiros do CAD, numa das suas preleções ele disse: "Cristo garantiu para nós o Ide e não a volta", todavia é justamente ali neste lugar difícil que eu quero fazer missões, "Ali onde a fé é mas cara".
Encerro este artigo com duas histórias inspirativas. A primeira fala sobre o Oleiro um dos últimos missionários do movimento moravianos narrado pelo Dr. Ronaldo Lidório e a segunda história e de Myconius amigo de Martinho Lutero, narrado pelo Reverendo do século passado Horatius A. Bonnar.
Primeira História
No dia 13 de agosto de 1727, Deus derramou um profundo avivamento sobre um grupo de Checos refugiados na Saxônia, atual Alemanha, chamado de Morávios. Com o Conde Nikolaus Zinzendorf á frente daquela comunidade que vivia no vilarejo de Hernhut, nasceu ali uma obra missionária sem precedentes desde os primeiros séculos. Dali saíram centenas de crentes apaixonados por Jesus. Foram enviados para a Espanha, Itália, África do Sul, São Tomé e Príncipe e até o Brasil, além de tantas outras regiões. Impactaram sociedades, plantaram igrejas e certamente fizeram muito maias do que a história conseguiu registrar.
Já no fim desse movimento missionário, Zinzendorf se sentiu desafiado a enviar um missionário para alcançar os esquimós no Alaska. Ele relatou que certa noite sonhou com Jesus, e que nesse sonho o Senhor instruía a enviar o Oleiro.
O oleiro era um homem de meia idade, crente no Senhor Jesus, mas de personalidade pacata e que não demostrava capacidade de liderança até então. Zinzendorf o chamou e lhe expôs seu sonho e sua preocupação com os Esquimós. Antes que o oleiro se manifestasse, o conde acrescentou que, se aquele desafio fosse aceito por ele, infelizmente ele não poderia contar com uma equipe para acompanhá-lo, pois não dispunha de outros missionários. Não haveria também meios de sustenta-lo financeiramente, pois tinha usado todos os recursos para o sustento de outros obreiros.
Por fim, cria que talvez voltasse, já que o Alasca no século XVIII certamente era uma das regiões mais isoladas e inacessíveis do planeta. Em outras palavras, ele deveria ir só, sem sustento e sem garantia de voltar. Sem dúvida, esse foi um convite missionário desprovido de atrativos.
Aquele oleiro permaneceu em oração por dois minutos e, por fim levantou o rosto e respondeu: " Se o senhor conseguir me dar um par de sandálias usadas, amanhã cedo eu partirei".
O conde lhe deu as sandálias. A história não relata, mas imagino que aquele homem estava descalço. No outro dia, Zinzendorf foi á casa dele procurá-lo. Mas chegou tarde, o oleiro já havia partido logo bem cedo, para jamais voltar.
Hoje, de todos os esquimós da Terra, mas de 50% são convertidos ao Senhor Jesus. Isso por que um homem, do qual nem sequer sabemos o nome, pediu apenas um par de sandálias usadas para seguir a Jesus e espalhar o evangelho até o distante Alasca.
Segunda História
Na vida de Myconius, o grande amigo de Martinho Lutero, de acordo com Melchior Adam, nós temos uma descrição marcante do evento que o envolveu no grande momento de sua vida e que o levou a gastar todas as suas energias na causa de Cristo. Logo na primeira noite de vida monástica ele teve um sonho. Era como se ele estivesse vagando sozinho por um imenso deserto.
De repente ele foi surpreendido por alguém que apareceu e o conduziu para um vale de uma beleza inigualável onde havia uma corrente de água da qual não lhe foi permitido beber. Mas adiante ele encontrou a fonte onde brotava aquela água. Ele quis se ajoelhar-se para beber quando quando eis que apareceu diante dele o Senhor crucificado, cujas feridas faziam jorrar toda aquela água.
E, num momento muito rápido, aquele que o havia guiado ate o vale o arremessou dentro da fonte. E a sua boca encheu-se da água que jorrava das feridas, e ele pode então mitigar aquela sede que lhe afligia a vida, e desde então nunca mas teve sede.
Logo depois de ter bebido da fonte, ele foi levado para um outro lugar onde o seu guia lhe falou das grandes coisas que ele iria fazer pelo Senhor crucificado que havia inundado a sua alma com a água viva.Eles estavam numa planície muito vasta que estava toda coberta de trigo que se agitava pelo vento. O seu guia então ordenou que ele começasse a colher o trigo. Mas ele quis recusar alegando que nunca fizera aquilo antes, e que portanto não teria a habilidade para fazê-lo.
"O que você não sabe você aprenderá", foi a resposta. Eles se aproximaram um pouco mais e ele avistou um trabalhador que embora solitário, trabalhava como se estivesse determinado a colher todo o trigo sozinho. O seu guia então ordenou que ele puzesse a ceifar ao lado daquele outro ceifeiro, e agarrando uma roçadeira, mostrou como manuseá-la.
Novamente o seu guia o levou para uma colina. Ele contemplou a aquela vasta planície diante de seus olhos e perguntou quanto tempo levaria para ceifar todo o campo com tão poucos trabalhadores. " Antes que o inverno chegue será dada a última foiçada", respondeu o Guia. "Continue com toda a tua força. O Senhor da seara logo enviará mais ceifeiros".
Já fatigado do seu trabalho Myconius teve alguns momentos para descansar. Novamente o Senhor crucificado surgiu ao seu lado, desfigurado e sofrido. Então o guia colocou a mão sobre Myconius DIZENDO: Assim como Ele você deve também ser.
Com estas palavras Myconius despertou de seu sonho. Mas ele despertou para uma vida de fervor e de amor. Ele encontrou o Salvador de sua alma, e pôs-se a pregar a respeito dEle para outros.
Ele tomou posição ao lado daquele outro vigoroso ceifeiro, Martinho Lutero. Ele foi impulsionado pelo seu exemplo e com ele trabalhou naquele vasto campo até que todos os lados afluíam mais trabalhadores e a colheita foi recolhida antes da chegada do inverno. ´
A lição para nós é clara, apanhemos nós as foices. Os campos estão brancos e eles são vastos e poucos são os trabalhadores, porém o Senhor da Seara não nos deixará sozinhos no campo.
Que Deus possa abrir os nossos olhos para o clamor dos aflitos, pois missões é atravessar o oceano mais também é atravessar a minha rua, pois “O IDE NÃO É TÃO LONGE ASSIM” .
Estudo Realizado pelo
Pastor Carlos Augusto Lopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, manifeste sua opinião, identifique-se, seja ético, ajude a construir o blog!